segunda-feira, 2 de junho de 2008

Post 5 - A intolerancia

Contrariar ideia de fanaticos pode ser fatal.
O passado da humanidade esta repleto disso - Guerras em nome da fé, com deuses guerreiros por trás, inquisição, caça às bruxas, excomunhão, cruzadas, campos de exterminio, holocaustos, etc.
E assim a historia humana é repleta de sangue. Sábios convictos de seus ideais manipularam massas usando o trinomio religião-fé-Deus para incentivas incaultos e conquistar seus objetivos.
Napoleão não era ateu, mas não acreditava em bençãos divinas para seus atos e conquistas, mas jogava com a igreja para conquistar seus objetivos. Pelas costas, cardeais e papas eram bajuladores e aproveitadores, ou instrumentos de suas conquistas, uteis enquanto valiam (isso pode ser notado em O Principe - de Maquiavel na versão comentada por Napoleão Bonaparte).
Hittler era religioso, mas seu objetivo era conquistar o poder que estava na mão dos judeus, e todas as outras religiões se omitiram durante o holocausto.
Torquemada, o inquisidor, era um braço da igreja para matar.
O livro - O Martelo das Bruxas - tras um esboço de todo o ferramental usado nessa epoca da historia.
Dizer que os incas e astecas eram selvagens que não acreditavam em Jesus foi um dos argumentos dos espanhois para aniquilar aquelas civilizações.
Os fundamentalistas do Islã ainda chamam os USA de o Grande Satã. Uma boa conotação religiosa para ataques terroristas, não?

O mundo esta civilizando, talvez por causa da velocidade das informações, da globalização o mundo ja não tolera mais os absurdos de outrora. Em partes!
Em alguns redutos ainda afloram ou são mantidas as intolerancias por causa da fé.
Falar da fé alheia ou da propria é fé com outros é como puxar a fera pelo rabo. O bote vem imediato! Poucos se permitem discutir ou ouvir convicções alheias.
Hoje não se queimam bruxas ou perseguem os judeus (me lembrei do filme Borat, onde para ele os judeus se transformavam em baratas). Mas a intolerancia ainda existe.
Um exemplo disso é mostrado na historia real de Sarah (Tabita) no filme dinamarques To Verdener (worlds apart, ou Mundos Separados (caso chegue no Brasil)). A personagem por desobedecer algumas regras da organização religiosa a qual pertencia é perseguida, humilhada, ignorada pela familia e amigos. Absurdo isso? Sim! mas acontece a todo tempo, acontece comigo, com pessoas que conheço e com pessoas que desconheço. A transição entre os mundos é dolorida, os inquisidores (muitas vezes, bem intencionados) não querem te ver livre transitando fora da caverna. Eles talvez não te matem fisicamente, mas tentarão te matar moralmente e psicologicamente. Sair de um mundo fechado, negar as ideias dos seus amigos, mesmo que em silencio, sem dizer nada... basta que eles 'achem' que voce pensa diferente. Exclusão, excomunhão ou desassociação - morte moral e psicologica.
O expulso será sempre visto como um vilão, desertor, covarde, apostata, rebelde - algo imundo a ser evitado, pois contagia.
Isso é o que é mostrado em To Verdener (que é baseado em fatos reais) e na obra ficcional de Orwell - sistemas manipuladores e intolerantes onde so existe uma unica pseudo realidade.
Seitas fechadas e fundamentalistas possuem medo de comportamentos diferenciados e de pessoas que pensam diferente ou por conta propria.
São a contra mão do mundo globalizado. Ditadores e fundamentalistas tem algo em comum, o desejo de centralizar o conhecimento e a informação em uma unica fonte, em uma unica forma de interpretação (vide 1984 de George Orwell).
Infelizmente religiões ainda são assim, poucas evoluiram a ponto de permitir uma discussão aberta de seus ensinos, ou de não envolverem na vida pessoal de seus adeptos. Religião é dominio.
Isso prevalece por uma questão cultural. Embora uma elite pense, uma grande massa prefere que outros a dominem e pensem por eles. É muito fácil ter amos da fé, líderes que te digam como vestir, o que comer, que criem ritos, escolham sua roupa e modelo de corte de cabelo, que escrevam e leiam para voce nos fins de semana o que prepararam - interpretações pessoais sobre suposições divinas. Assim é o mundo - dividido em tres camadas -
Dominados
Dominantes
Livres

Sendo que todos se dizem 'livres' em suas escolhas.
O que ilustra bem essa escolha é o filme - Matrix - na cena que Neo se vê diante da escolha entre a pilula vermelha e a azul, entre o viver preso às ilusões e o se libertar.
Assim como no filme, libertar-se tem um preço. DOR. Dor de abrir o olhos e enxergar por si mesmo, antes ele via pelo que era injetado no seu cerebro, ele tomava decisões e se achava esperto, mas tudo dentro de um mundo fantasioso e armado para iludi-lo. Podia passar a vida inteira ali, mas preferiu se libertar, acostumar com a realidade.
A Matrix é o mundo tal como foi colocado diante dos seus olhos, cheio de paradigmas que não são teus.

Essa é a proposta deste post - Saía da intolerancia, saía da programação que te impõe. Deixe que a liberdade da mente seja mais importante que os muros da intolerancia que rondam. Descubra o mundo novo que existe lá fora, e crie a sua realidade, com as sua percepção.


http://www.youtube.com/watch?v=tsOR9rqCVwM Trailer de To verdener
http://www.imdb.com/title/tt1065318/ site oficial (?)
http://www.youtube.com/watch?v=arcJksDgCOU (Matrix - blue pill, red pill)

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