quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Problemas Logisticos com o Diluvio


Logistica da Arca de Noé (humor)

(autor desconhecido)


Bem, a coisa foi bem complicada para o tal Noé. Para começar, não havia espaço na arca para os grandes dinossauros, e de cara eles foram deixados de fora. Isso explicasua extinção. Depois, pegar um casal de cada bicho de cada cantodo mundo foi bem difícil. Naquela época, uma viagem à Austrália, por exemplo, para pegar Cangurus, Kiwis e Coalas, durava meses, as vezes mais de um ano. Ir na Amazônia pegar onças pintadas, jaguatiricas, tamanduás, jacarés, 30 espécies diferentes de macacos, 70000 espécies diferentes de insetos, 60 espécies diferentes de cobras e serpentes, 150 espécies de aves, 120 espécies diferentes de sapos, pererecas, salamandras, largatos e outros pequenos répteis e anfíbios, etc. Exigia uma verdadeira aventura de meses em mata fechada, navegando por afluentes do amazonas. Bem, já que o Pantanal fica por perto, aproveitaram para pegar uns avestruzes, mais espécies de jacarés, mais umas 250 espécies de aves, outras 50000 espécies de insetos e sei lá mais o que. Sem contar a viagem que era para pegar pinguins e ursos polares, com os perigos de encalhar no gelo do Ártico e da Antártida. Na África a coisa foi também bem difícil, pois um verdadeiro safári teve que ser montado para capturar leões, elefantes, rinocerontes, zebras, gnus, girafas e mais umas 50000 espécies de todos os tipos, entre insetos, mamíferos, répteis, aves, etc.
Se navegar ao redor de todo o mundo, durante anos, além de embrenhar milhares de quilômetros por terra adentro para procurar os espécimes já foi extremamente difícil, isso foi brincadeira comparado à dificuldade de capturá-los. Os bichos não queriam nem saber que haveria um dilúvio e se recusavam terminantemente a colaborar. Como não havia rifles com dardos tranquilizantes na época, a coisa era bem complicada no caso se animais grandes e ferozes, ou muito velozes. Pegar um único Leão foi tão complicado que cogitou-se deixá-los de fora, depois que ele estraçalhou metade dos homens destinados à capturá-lo.Finalmente, o conseguiram com uma rede, até que alguém teve abrilhante idéia de pegar apenas filhotes. Isso facilitava as coisas, mas nem tanto pois as mães os protegiam muito bem, e era preciso muita paciência para pegar os bambinos numa hora em que estivessem longe das zelosas mamães. Bem, pelo menos economizava espaço, e não precisavam ficar correndo atrás de gazelas que se evaporavam saltitando a 80km/h. Mas não havia muita facilidade em capturar as 700 mil espécimes diferentes de insetos, algumas só viviam escondidas debaixo da terra, outras no topo de árvores imensas, algumas dentro de troncos, sem contar as que eram muito pequenas e de difícil localização, e outras mais , como todas as espécimes de formigas, abelhas e cupins, só tinham uma única fêmea fértil em toda a colônia, exigindo uma procura árdua e cheia de picadasindesejadas, mais o problema adicional os zangões só apareciamem determinadas épocas do ano.
Também foi complicado achar 1 milhão e 400 mil vidrinhos para armazenar um macho e fêmea de cada, pois muitas vezes, se colocados juntos, eles se devoravam. Mas mesmo o extraordinariamente complicado problema acima fica insignificante perto da estupenda e colossal tarefa de logística que era acondicionar e alimentar os animais. Além dos 1.400.000 vidros para os insetos, havia necessidade de centenas de milhares de jaulas, cercados, gaiolas, etc para as demais espécies.
Mas opior de tudo: Eles precisavam ser alimentados de algum modo, durante todos os anos nos quais a arca viajaria pelo mundo capturando as espécimes. E alimentar milhões de bichinhos
famintos todos os dias, durante anos, não era tarefa simples: Mesmo um filhote de leão consumia mais de 2kg de carne fresca por dia, e portanto só para ele e sua companheiro seriam
necessários armazenar no mínimo 8kg de carne por dia, 1456 kg para cada ano que permancessem a bordo, isso sem considerar que sua necessidade de comida aumentaria conforme crescescem:
com apenas 1 ano de idade, o leão, já quase adulto, consumiria uns 7 kg de carne por dia. Havendo milhares de outros carnívorosa bordo, isso significava que, numa viagem de apenas 2 ou 3 anos,por exemplo, uma estimativa da ordem de milhares de toneladas de carne fresca precisaria ser armazenada previamente, numa época que não havia geladeira. A carne poderia ser seca e salgada, mas isso seria mais uma carga de trabalho imensa, etrabalho já havia muito! Alguém sugeriu que trouxessem milhares de cavalos extras vivos e os fossem matando durante a viagem,mas alimentar um monte de cavalos também era problema, se fossem 1000 cavalos, e cada um comendo 10 kg de capim por dia, seriam necessários mais de três mil e quinhentas toneladas de capim num único ano. Na verdade, havia necessidade de muito mais capim, pois muitos de outros animais também o usavam como alimento. Para piorar, alguns só comiam determinada espécime de capim, relva, folhagem, erva, verdura, legume, fruta etc, sendo preciso armazenar generosas provisões, sempre na casa das toneladas, de uma enorme variedade de espécimes vegetais. Claro, nada disso poderia se estragar durante anos de viagem!! A coisa era tão complexa que alguém sugeriu então plantar na arca pomares com milhares de tipos de plantas, que gerariam frutos, mas isso exigiria um espaço tão grande que surgiu uma discussão sobre o fato de que esse espaço poderia ter sido cedido aos Dinossauros, que assim não seriam extintos. Bastou alguém lembrar das dificuldades em alimentar Tiranossauros e Brontossauros para todos calarem a boca.
De qualquer forma, alguém teria que tratar de todas as plantas, e mesmo assim uma boa provisão teria de ser feita inicialmente, até que estas começassem a frutificar, e a idéia foi abandonada.
Também havia a tarefa de limpar o local onde os animais estavam, e eram toneladas de urina e fezes a serem varridas e jogadas ao mar todos os dias, sem contar o trabalho de limpar individualmente milhares de gaiolas, jaulas, cercados, etc. E isso também era perigoso em casos de animais ferozes. Aliás, não se sabe quantas pessoas foram destinadas à tarefa de manter os animais alimentados e limpos. Mesmo considerando queo alimento era colocado bem próximo, ou em alguns casos, mesmo dentro da habitáculo em que viviam (no caso de não perecíveis, por exemplo), mesmo que apenas uns 5% dos animais precisam de atenção díaria, em esquema de rodízio, e considerando que fosse gasto com cada um apenas 10 minutos na alimentação/higiene, já teríamos milhares de horas/homem de trabalho a serem feitas por dia. Considerando uma jornada de 12 horas diárias (o que significa que cada pessoa podia alimentar 144 animais por dia, se trabalhasse em ritmo frenético), teríamos a necessidade de muitas centenas de pessoas dedicadas só essa tarefa. Lembrem-se de que, haveria cavalos para matar e esquartejar, distribuir a carne, etc. E isso não resolve o problema dos alimentos perecíveis, que fica inexplicado (seriam secos? conservados em salou em mel? Mas e o trabalho para secar e salgar tantos alimentos?).
E diversos outros problemas aconteceram na viagem: Alguns animais adoeciam e morriam, e era preciso voltar e pegar mais um, o que atrasava a viagem toda por conta de uma única espécime. Isso era muito sério, especialmente no caso dos insetos, que morriam à toa, sem contar aqueles cujo ciclo de vida era deapenas alguns dias ou meses. A coisa ficou especialmente complicada quando morreu um espécime só encontrado no interior da África, quando eles já estavam na austrália. Alguém sugeriu pegar pelo menos 3 de cada espécime e sexo, por garantia; foi prontamente jogado ao mar após um acesso de fúria dos demais, pois isso iria triplicar o trabalho já hercúleo. Noé teve de intervir e após recolher o infeliz das águas, lembrou que Deus havia sido bem claro ao sugerir apenas um casal de cada. Mas havia o problema das perdas. Uns disseram que entregassem o destino dos animais para Deus, se morressem, era por que essa era Sua vontade. Após intensa discussão, assim foi decidido, pois concluiu-se de que seria impossível terminar a viagem se voltassem toda vez que um morresse. Isso explica a enorme quantidade de animais extintos.
E há um enigma de engenharia, nunca explicado, pois a arca mostrou-se estupidamente grande, para abrigar tantos animais e tantas provisões. Lembrando que os animais deviam ser dispostos de maneira ordenada, a fim de garantir correta ventilação e permitir sua alimentação bem como higiene de seus viveiros, uma arca com centenas de milhares de bichos e milhares de toneladas de provisões deveria ser muito maior que um super petroleiro moderno (que mede mais de 300 metros e chega a pesar 200.000 toneladas, e cuja construção pode demorar mais de 1 ano em um estaleiro moderno). Não se sabia como construír um navio tão grande, numa época emque os maiores navios eram simples barcaças. A quantidade de madeira seria imensa, o projeto teria de ser muito bem feito para não se desmanchar sob o próprio peso. Noé deveria ser um engenheiro nato, e tinha um séquito de carpinteiros da melhor estirpe. Fora isso, o sistema de propulsão teria que ser muito forte, numa época em que inexistiam motores a vapor ou a explosão.
Alguém sugeriu um batalhão de remadores, mas um navio daquele tamanho exigiria tantos remadores quanto a população de uma cidade, e alojar e alimentar adequadamente esse pessoal durante anos no mar exigiria muito mais espaço e muito mais provisões, e consequentemente uma arca muito maior, com a necessidade demais remadores ainda, etc.
A idéia de usar velas também não era boa, estas teriam de ser estupidamente grandes, com uma área imensa, para conseguir mover algo tão pesado. Não se sabe como poderiam ser manejadas velas tão grandes, montadas em mastros tão pesados.A tarefa de recolher as velas em tempo hábil, diante de uma tempestade, por exemplo (hipótese bem provável numa viagem de anos em mar), seria algo inimaginável.
Bem, a solução adotada deve ter sido tão genial que resolveram não contar pra ninguém. Claro, há de se considerar que cada animal deveria ser devolvido ao seu habitat original após o dilúvio, o que dobra não só o tempo da viagem mas também duplica a necessidade de provisões etc etc etc. Portanto, podem multiplicar por 2 a maioria dos cálculos acima.
Outro porém e que, havendo apenas um casal de cada espécie, o cruzamento consangúíneo deve ter sido bem degradante para o código genético da mesma, o que talvez explique o fato dos animais de hoje serem bem mais estúpidos que os de antigamente (vide o fato das serpentes terem perdido sua capacidade de falar).

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O surrealismo da fé


O que é ter fé?
Acreditar – essa é a resposta padrão.
Expectativa certa de coisas não vistas – essa é outra.
Eu digo que os fieis são aqueles que ignoram e negam todas as evidencias reais e palpaveis, observadas e sentidas, comprovadas em laboratorios, em prol de algo que simplesmente cismaram que existe e que assim deveria ser.
Acreditam em coisas tão absurdas e intangiveis, que ninguem pode ver, e dessa forma dizem “é invisivel” e se é invisivel, ninguem pode dizer o contrario.
É como acreditar nas fadas e duendes dos jardins, ou na chaleira que orbita o sol. Voce já viu? E se disser que viu, ninguem poderá contradizer sua experiencia. Bom, existem otimos remedios e tratamentos de choque para isso...
A fé é algo confortavel, acredite apenas. Só isso. Não exige esforços maiores. Só que a fé não é um produto basico, é vendido com um kit que envolve obras.

Do ponto de vista de quem não tem fé, funciona assim – O fiel é aquele que acredita em algo que não existe e trabalha arduamente para isso. Seja para agradar a deidade que ele criou ou o objetivo que supõe existir. É surreal. Como correr atras do arco iris para alcançar o pote de ouro guardado pelo duende.
Tão lúcido quanto abrir a porteira pro avião passar nos céus.

É interessante observar, eles se matam de esforços para colherem beneficios depois de mortos. Logico que o psicologico disso é mais complexo, se não abnegarem da vida, prazeres e afins, um furioso bode vermelho o atormentará por toda eternidade em algum lugar imaginario da inexistencia. Surreal! Sim, a fé é surreal. Quem acredita passa a vida pensando no futuro. A fé é a cenoura amarrada na frente do burro. Ele caminha, caminha, caminha... sempre achando que vai alcança-la.
A fé possui dois aliados, esperança e medo – isso é o que a torna atraente. Acredite em papai noel, seja bonzinho e ganhará presentes no fim do ano. Não se comporte e não ganha presentes. Embora Papai Noel não seja real (espero que nenhuma criancinha esteja lendo isso, me perdoem!) o presente no fim de ano acaba sendo real, graças aos bondosos pais que propagam esse mito (não sei com qual beneficio para as mentes infantis – algum psicologo de plantão poderia me explicar?). Crescemos, e o Papai Noel dos adultos passa a ser chamado de Deus. Os problemas dessa troca é que o presente so vem depois que o individuo morrer e não existe mais uma figura real e palpavel para garantir o presente. Bons tempos a infancia, quando o presente de fim de ano era garantido, independente da fonte.

Mito por mito, entre Deus e Papai Noel, o segundo sai com amplas vantagens. É capitalista, feliz, bonachão, simples, vive no meio duendes, as vezes até responde algumas cartas, causa o maior frisson no fim de ano e não sacaneia com ninguem. Simples assim, a criança foi legal, escovou os dentes, não brigou, obedeceu papai e mamãe – pronto- presente garantido no fim de ano. Já quando se trata de Deus... existe mandamentos, regras, codigo legislativo, moral e etico. Pisou na bola? Ferrou, seu caso vai ser tratado por outra entidade.
Acaba sendo muito divertido tudo isso. Algumas pessoas levam isso tão a serio, que ficam tão indignadas com os processos, que acabam se debandando para as forças do outro lado. Livre, mais solto, mais caliente... mas tudo, claro, com otimas doses de fé.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Devaneios Suicidas - dEUs


Deus = Divino Elevado Universal Supremo

God = Great Onipotent Divine

Dizem que Ele fez tudo - o universo, a vida e tudo mais. Alguns creem ativamente que Ele criou esse universo e todos os outros universos e botou a vida so aqui na terra. Megalomania. Criou a vida. Fez os dinossauros enormes, depois jogou um meteoro aqui, acabou com eles (megalomania 2) e resolveu criar algo mais tecnologico, mais avançado e arrojado... os mamiferos! E por fim, sua obra prima - O Homem, e a obra prima máxima - A Mulher. Nos deu uma inteligencia fantastica e criativa, para inventarmos, crer e ate mesmo questionar.

Aí veio Darwin e sacaneou com tudo. Veio Nietzsche e disse que Ele não existe. Veio Freud e disse que tudo é coisa da mente. E o incrivel padre Quevedo dizendo que isso non ecxiste!

Ah sim, existem outras visões do multiverso - e os hindus, budistas, kardecistas e espiritas adimitem e pregam a possibilidade de outros mundos habitados e um intrigado esquema de vidas, processos, evolução, carmas e megalomania.

O material existe (obvio!) e o quantico não pode ser descartado, mas e o metafisico?

O Metafisico é o mais confuso de todos. Cada um o supõe de uma forma. Por isso que Freud disse que o homem criou Deus.

Discutir se Deus existe ou não, inflama paixões, exalta egos e não leva a lugar algum. As pessoas entram numa discussão sobre isso e saem exatamente tal como entraram, com a mesma convicção, talvez uma minhoca a mais no cerebro ou uma pulga diferente atras da orelha.

Portanto, não quero discutir DEUS. Mas, falar sobre a forma como a pessoas o pintam e os cristãos são otimos nisso. Deus vai de um extremo bondoso cheio de amor e compaixão ao punitivo, vingativo com altas doses de crueldade com quem não acredita nele.

Mas como e porque acreditar Nele? Só porque te ensinaram isso no catecismo ou papai e mamãe te contaram isso quando voce era pequeno? Ok, papai e mamãe também ouviram isso dos seus vovôs e vovós, e assim sucessivamente, até chegarmos a um distante passado onde um pajé que morava numa caverna viu um raio cair numa arvore e incendia-la, ele sem saber explicar disse - é Deus! e ensinou isso de geração em geração. Claro que alguns pensadores, filosofos, teologos e outros estudiosos do efeito raio-que-caiu-na-arvore ou da lua-que-muda-de-fase florearam o ensino, poetisaram a coisa toda e daí, algumas tribos desenvolveram ideias de que vulcões e montanhas eram sagradas, arbustos falavam, animais traziam provisões, maldições acometiam infieis e a lista segue ao infinito.

Pode ser que Deus exista, criou tudo e gerencia o sistema. Mas as pessoas, com toda certeza, inventaram sua forma de vê-lo, imagina-lo e adora-lo.

E o pior, tentam lucrar em cima de outros vendendo essa ideia de panico.

Creio que se Deus quisesse realmente divulgar suas ideias e como quer ser visto, não ficaria escolhendo grupos fechados, pessoas estranhas e isoladas, homens das cavernas ou criancinhas perdidas para darem o recado. Ele ia uma vez a cada 70 anos (ou a cada geração humana) aparecer do alto dos céus e dar o recado pra todo mundo.

Como Paula Toller implorou - Deus, apareça na televisão!

Ele ia surgir nos céus e dar o recado alto e claro pra todo mundo entender. E não mandar que um monte errantes com suas proprias visões e alucinações ficassem incubidos de dar o recado por aí. Porque ele daria preferencia aos hindus, judeus, norte americanos, arabes ou seja lá qual povo, em detrimento de todos os outros?

Por aí já vejo que a coisa é humana mesmo, cada povo se acha mais escolhido que o outro, melhor, mais bonzinho e os demais são os filhos de satanas ou algo pior que isso.

Cazuza também cantou bem quando disse que "somos cobaias de Deus". Seja esse "Deus" a invenção humana ou a entidade que apenas nos monitora, ou quem sabe, nem isso...

O comercio de regras divinas é lucrativo e manipulador, não creio que precisamos disso. Seria bom que as pessoas tomassem redeas de suas vidas independente de algo maior. Que fossem boas, amorosas e honestas para com o proximo, apenas porque isso faz bem, e não por causa da morte, do julgamento ou de um raio ou meteoro fumegante vai cair na tua cabeça caso não faça o bem.

Trata-se de amor sem compromisso. Tão sem compromisso que o monitor vai olhar lá de cima e dizer - Veja só, as pessoas finalmente evoluiram, tornaram-se boas e não se importam com o que vem pela frente!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

descansando

Sinto que a fase passou.
Primeiro me surpreendi com a farsa que são as seitas e religiões, quis conhecer algo que fosse real. Segui os passos de alguem que foi religioso, cristão independente, espiritualista, agnostico e agora cheguei à merecida fase do Foda-se!
Isso tem tudo a ver com sabedoria e inteligencia. É quando voce toma conhecimento de todos os fatos, realidades e (in)veracidades, examina tudo, questiona até o limite e quer contar pra todos a novidade.
Hoje chego ao ponto que contar a novidade não faz sentido, ninguem quer saber isso. As pessoas, na sua maioria, buscam respostas que preferem não saber.
Imagina, descobrir o que ha apos a morte? ou descobrir a personalidade de Deus?
E se não bater com o que voce gostaria de ouvir?
Melhor se acomodarem as respostas que lhes satisfazem, sendo certas ou não.
Descobri a minha - que so consigo identificar mentiras, mas desconheço a verdade.
Mentiras são pontos de vista pessoais, verdade seria algo irrefutavel, independente do ponto de vista, necessita de provas concretas e isso não existe.
Existe a intangivel fé.
Portanto, hoje me dou ao luxo de relaxar. Sei o suficiente para mim, e se alguem quiser, posso indicar o caminho que ele deseja ir. Quer ser um bom cristão - leia a biblia! Quer ser um bom budista? - Siga Buda! Quer ser um agnostico? - Questione tudo! Quer ser feliz? - aprenda de tudo e depois abandone, renuncie a essa insanidade.
Religiões são decretos, coisas que qualquer homem sedento de poder consegue escrever.
...
Quanto a mim, to tocando minha vida - www.devaneiossuicidas.blogspot.com
estou lá, postando ideias aleatorias :)

domingo, 1 de março de 2009

João 10 - uma analise

Esse post é focado em uma crença e interpretação das Testemunhas de Jeová.
Segundo elas, a vida eterna e o paraíso será na terra. Indo um pouquinho mais além, dizem que há duas esperanças, a terrestre para a grande multidão de fieis (ou seja, elas proprias!!!) e uma celestial para um seleto grupo de 144.000 pessoas escolhidas dentre todas as raças e eras.
Um dos pontos de apoio é João 10:16 "E tenho outras ovelhas que não são deste aprisco".
Este texto é sempre citado por elas para explicar essa tese.
Acredito plenamente que nenhuma Testemunha de Jeová nunca pegou a biblia para ler, estudar e entender o capitulo 10 de João. Porque se fizessem uma analise rápida, simples e honesta do contexto veriam que -
No capitulo 9 Jesus havia curado um rapaz cego de nascença (esse incidente em si, e os dialogos entre Jesus e seus discipulos merecem um estudo também, mas é outra historia, vamos concentrar em João 10:16 por enquanto).
Jesus curou o rapaz, e os fariseus não gostaram muito disso, e o chamaram para ser interrogado, pouco depois seus pais também foram chamados, e uma multidão de pessoas se aglomerou pra ver o barraco armado pelos fariseus. Eles queriam desacreditar Jesus ou encontrar um ponto para incrimina-lo.
Jesus aproveitou a deixa para falar sobre si mesmo como um pastor excelente, que cuida dos seus, enquanto o poder religioso (ou farisaico) oprimia as pessoas.
Jesus falando com aquela multidão, que envolvia o povo comum, fariseus, o rapaz curado, a familia dele e seus discipulos - tratava a todos como "suas ovelhas". Todos que lhe escutassem assim eram considerados (vide vers. 26 e 27).
Jesus até esse momento só havia pregado e feito curas entre os judeus, o povo escolhido por Deus. Mas Ele tinha outros planos, tanto que antes de morrer escolheu a Pedro para ser seu sucessor e disseminar os seus ensinos entre os gentios (os não judeus). Ele também designou que o espirito santo auxiliaria seus discipulos a encontrar ovelhas dentre todos os povos.
Já que as ovelhas a quem Jesus pregava e curava eram suas ovelhas, quem seriam as outras ovelhas?
Acho que fica claro entender que se referia aos gentios. As ovelhas eram os judeus que ouviam e aceitavam suas palavras e as outras ovelhas, todas as outras pessoas não-judaicas.
Jesus não estava falando, ali, sobre uma classe celestial e outra terrestre. Impossivel conectar isso a essa ideia.
A sugestão para as Testemunhas de Jeová é - Leiam, questionem e busquem entender. Vejam as coisas sem o oculos do Corpo Governante.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Religião como Commodities

Costumo ouvir de pessoas não religiosas, bem como de pessoas religiosas, que a religião (instituída) faz-se um mal necessário. Os pontos p’ro de tal afirmação variam entre carateres educativos, culturais, sociais e até mesmo econômicos. Ninguém seria louco a ponto de negar que a sociedade mundial foi estruturada em função dessa poderosa instituição – neste caso, todas elas, cristãs em suas varias nomenclaturas, islâmicas, budistas, e até mesmo as religiões tribais do continente africano.

Funde-se uma coisa na outra – Cultura e Religião, Economia e Religião, Política e Religião, Historia e Religião.

A religião atua como um tempero na vida e na sociedade, as vezes um sal, as vezes uma pimenta, e na vasta maioria das vezes administrada em excesso por chefs sedentos de impor seu sabor no prato do povo.

O papel inicial da religião deveria ser apenas direcionar pessoas para o divino, deveria ser uma ferramenta sacerdotal para quem buscasse tal consolo. Mas os próprios livros sagrados incubiram de mostrar que o âmbito era diferente.
A narrativa bíblica mostra o poder inicialmente nas mãos de um líder, Moises, conduzindo o povo pelo deserto na saída do Egito, depois esse poder migra para as mãos de juizes, classes sacerdotais e finalmente a era dos Reis. No Bhagavad Gita a situação é clara, Krishna mostra espiritualidade no front de guerra, diretamente ao seu amigo e guerreiro Arjuna. Maomé não faz por menos, instiga a ordem e a batalha em nome de Deus.

O que notamos em comum nisso? Que Deus usa lideres de guerra? Ou podemos deduzir que os lideres de Deus criaram “Deus”para suas batalhas?
Constantino, milagrosamente, ou mirabolantemente, teve uma visão do símbolo que deveria usar na sua batalha e conquistar, e com a Cruz no estandarte ele liderou soldados para a batalha.

Entre os mesmos irreligiosos que questionam a religião como um mal necessário, há aqueles que questionam os métodos de Richard Dawkins em criticar a religião, e este sempre a aponta como a causadora de divisões, contendas, racismo e guerras. Que os livros sagrados (principalmente a bíblia e o Alcorão) em mãos inescrupulosas são responsáveis por praticamente todas as batalhas no últimos 2000 anos de historia.
Pode-se negar isso?
Basta lembrar das cruzadas, católicos vs protestantes na Irlanda, mulçumanos vs hindus, o holocausto na 2ª guerra mundial, etc., sempre há uma pitada.

Vários questionamentos podem ser levantados – Religião é um MAL ou é MAL USADA? Podemos ir além nas perguntas – é necessária? Como seria o mundo sem elas? Já cumpriram seu papel na humanidade, e agora chegou o momento de expurgá-las?

Se a religião for expurgada, temos uma sucessora de plantão – A Ciência. Algumas questões são levantadas sobre o poder e a influencia na dobradinha Ciência/Governantes – Haverá moral em suas decisões? Haverá extrapolação? Usarão o poder da ciência de forma consciente e útil para a humanidade?

Nessa altura do campeonato, já vimos que a religião é uma péssima decisora moral, afinal é ela mesma que cria guerras, manipula governantes, acoberta crimes, corrompe, e afins. Ora, porque devemos confiar na palavra dela em questões como aborto e células tronco?
Acredito muito mais no senso-comum. A disponibilizaçao das tecnologias e serviços, e cada um usa de acordo com a sua consciência.

A Igreja Católica por exemplo se mostra clara na luta contra o aborto. Mas, qual alternativa ela disponibiliza? Nenhum! Ainda se mostra contra métodos contraceptivos e anticoncepcionais. Resultado – pobreza, ignorância, miséria de um lado e prepotência e arrogância de outro. Isso se baseia em um mal uso de um livro sagrado.

Essa é uma arma de algumas religiões e seitas, manter o povo ignorante.

Devemos lembrar que o inicio da religião esteve intimamente relacionado com a ciência. Nos primórdios da astronomia e astrologia, deuses e astros se fundiram em lendas. Mas esse casamento durou pouco, pois a religião não soube lidar com as novas descobertas e a evolução cientifica em diversos campos. E agora, percebo que uma nova batalha surge – Quem deterá o poder sobre a humanidade na próxima Era?
A ciência distribuindo conhecimento e tecnologia a todos os povos? A moral se transformando em Senso Comum? A Religião perdendo espaço?

Tudo isso da margem para diversos e infinitos posts e discussões. Mas a pergunta inicial - É a religião um mal necessário? Sinceramente não sei se foi. Admito que vejo a contribuição dela em diversos campos (arte e musica por exemplo), e que ela moldou os mapas e territórios tal como temos hoje. Mas chegou o momento de algo maior tomar conta do poder, algo maior que religião, e não, não é a ciência – É a moral, o caráter. Isso é o que deveria dominar o senso comum da humanidade.
Humanitarismo, ação, proatividade, amor ao próximo. Isso deveria reger a humanidade, ser ensinado nas escolas, que nossas decisões fossem individuais, mas sempre visando o bem comum.

Chegou o momento de que a Religião seja apenas uma commoditie, um objeto de escolha, que um adulto possa escolher sua religião assim como escolhe um carro, e se quiser andar a pé, ninguém vai julga-lo mal por isso. Dessa forma, a religião não domina povos e reinos, mas apenas tempera a vida de quem a desejar.

E o senso comum...

sábado, 24 de janeiro de 2009

O Cristianismo partindo do Zero

Por muito tempo tentei imaginar como seria uma religião Cristã, partindo do zero, deixando de lado tudo que ouvi de outros, aulas, reuniões, missas, teologos, padres e pastores.

Acredito que seria algo assim -
Local Sagrado -
Não haveria nenhuma estrutura fisica, nenhum templo. 1 Corintios 3:16 dá a dica - "Vos sois o templo de Deus, e o espirito de Deus mora em vós".
Isso elimina necessidade de templos, assembleias, reuniões, missas... tu está conectado diretamente, é voce e Deus, Deus e voce!

Lei Máxima -
"Amor a Deus acima de todas as coisas e ao proximo como a ti mesmo". Mateus 22:37a39.
Aplicações e Derivações da Lei Máxima -
Ajudar aos orfãos e viuvas.
Dar a outra face.
Ensinar e educar a outros.
Estimular o amor e as obras excelentes.
Ser pacifico.
Distribuição de riquezas.

esta lista segue tendendo ao infinito, são muitos exemplos do Mestre Jesus, dos seus discipulos e também das parabolas contadas por ele.
O problema é que muitos quiseram criar regras e leis destes exemplos, mas a regra é uma só - Amor. Se o seu ato não contem amor, e pode prejudicar a outro, não o faça.

Proibições -
O que um cristão não pode, ou não deveria, fazer.
Note que foi Paulo que traçou proibições, não Jesus. Mas a listinha era curta -
Fornicação, idolatria, homossexualismo, gananciosos, extorsores... etc. (1 Cor 6:9-11)

Varias coisas dessa lista são bem óbvias, vão de encontro ao amor - injuria, extorsão, ganancia, roubo e afins, tudo isso prejudica ao próximo.
Mas o que dizer de Fornicação e Homossexualismo? Isso pode, ou não, prejudicar ao proximo. Portanto eu tiraria dessa lista, e levaria em conta que Jesus, que foi o criador da regra perdoou uma adultera.
Pedro que foi quem ele instituiu como sucessor direto se sentava com cobradores de impostos, ladrões e sabe-se lá mais quem.

Portanto, se a lei maxima - O Amor - estiver sendo aplicado, não ha proibições.

Rituais e Encontros
Jesus se batisou, mas disse que o batismo seria espiritual.
Ele institui que os encontros entre fieis poderiam ser simples - dois ou tres reunidos em seu nome, e o que ele fazia? encontrava com seus amigos para tomar refeições. Isso foi o que ele instituiu.

Tudo muito simples.
Mais que uma religião, um modo de vida espiritualizado, consciente em fazer o bem, amar e não prejudicar.

A recompensa
Sim, toda religião tem recompensas... e no caso do cristianismo é encontrar-se com Jesus e morar com ele em um paraíso.

O que é necessario
Ter fé.

Tudo simples assim!